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NCS - TBL - AULA 10 - 06/05/24

Foto do escritor: thikowthikow

Atualizado: 20 de mai. de 2024

TBL – 06/05/24 – Hipertensão


 

Rigidez nas paredes dos vasos podem ocorrer por conta da inflamação ou por conta de placa de ateroma por aumento de TG

MAPA é um exame importante pra manejo de hipertensão arterial, principalmente em síndrome do jaleco branco

Não existe consenso sobre os valores normais de HA em idosos

Bebida alcóolica, café e atividades físicas podem aumentar a pressão se realizadas antes da consulta

 

Para decisão quanto ao tratamento farmacológico deve-se levar em consideração o status funcional do idoso, perfil de aderência ao fármaco (anti-hipertensivos podem causar disfunção erétil, tosse e outros), lesões em órgão-alvo (exemplo DRC, se não iniciar medicação a perfusão renal vai diminuir e causar uma falência).

A medição da PA não é o que norteia o início da terapêutica, mas sim a combinação dela com outros componentes.

 

HAS no idoso – Redução PAS abaixo de 150 mmHg bom alvo (paciente diagnosticados acima de 160 mmHg)

·      < 80 anos, bom status funcional: abaixo 140 mmHg

·      >80 anos, bom status funcional: abaixo de 150 mmHg

 

Diurético causa fraqueza muscular e predispõe a quedas em idosos. A pressão com a idade vai aumentando, logo, pensar em uma PA de 120x80 é quase inacessível.

 

Estudos mostram que PAS de 150 mmHg já reduz muito os riscos cardiovasculares no idoso.

Reduzir abaixo de 140 mmHg só se o idoso for abaixo de 80 anos com funcionalidade ótima.

 

Controle da polifarmácia (+ de 5 medicamentos) é imprescindível pois medicamentos podem aumentar a PA, como:

 

AINEs

Antidepressivos tricíclicos (por conta da condução adrenérgica – Amitriptilina e outros)

Hormônios tireoidianos em dose alta (dose normal não aumenta)

Moderadores de apetite anorexígenos (Sibutramina, Femproporex e outros)

 

Só a classificação de nível pressórico isoladamente, não caracteriza o uso de anti-hipertensivos, precisa fazer estratificação de risco.

 

Aquilo que é muito hipotensor para o idoso frágil deve ser descartado por risco de causar quedas e danos

 

Em idosos frágeis não é aconselhável terapêutica da hipertensão para melhora cognitiva. Deve tratar condução colinérgica a fim de melhorar essa questão. Em adultos jovens ou de meia idade, já é indicado.

 

HAS aumenta o risco cardiovascular, porém são encontrados 3 problemas:

 

·      Paciente não tem sintomatologia característica

·      Hipertenso pode ser tratado de maneira inadequada

·      Nos idosos há uma complicação maior quanto a prescrição, pois o tratamento é individualizado

 

Países não desenvolvidos predispõe a um maior estresse e logo ao aumento da pressão arterial, tal como, países que fazem uma dieta rica em sódio.

 

Até os 55 anos quando a PAS vai aumentando a PAD aumenta junto, após os 55 anos a PAD diminui e a PAS continua a aumentar com o alargamento da pressão de pulso (aumento da diferença entre elas). Acontece por conta da rigidez de artérias.

 

Ingestão de NaCl é maior do que estresse, atividade física e atividade física, pois quando se ingere muito sódio o rim filtra menos e aumenta o líquido intravascular que aumenta a sobrecarga cardíaca, logo, o débito cardíaco.

 

Níveis pressóricos existem para realizar diagnóstico, não para manejo terapêutico.

 

Para fechar o diagnostico é preciso alteração em 2 aferições em consultório em 2 consultas distintas.

 

Apneia do sono aumenta a parte simpática que aumenta a pressão arterial, o que é um fator de risco.

 

Níveis pressóricos, fatores de risco e comorbidades devem ser levadas em consideração para entender se a HAS tem risco baixo, moderado ou alto.

 

Reflexo barorreceptor -> Mecanorreceptores na carótida e aorta que detectam estiramento e aumento da pressão arterial.

Presente no seio carotídeo e seio aórtico. Quando detectam alteração de pressão na artéria gera um estiramento, detecta a alteração (seio carotídeo capta aumento ou diminuição/aorta só aumento), detecta, ascende ao tronco encefálico, é processado no bulbo e no núcleo do trato solitário

 

 

O fluxo eferente do parassimpático faz a diminuição da frequencia cardíaca através da acetilcolina

O fluxo simpático possui 4 funções com a liberação da noraepinefrina:

·      Efeito sobre o nodo AS

·      Efeito sobre o musculo cardíaco

·      Efeito sobre as arteríolas (produzindo vasoconstrição)

 

 

Sistema renina-angiotensina-aldosterona -> Regula a pressão arterial para cima, porém mais lentamente, agindo principalmente sobre o volume sanguíneo por causa da ação vasoconstritora da vasopressina.

 

Sensibilidade do barorreceptor fica alterada em paciente hipertenso não tratada (crônica).

 

Paciente hipertenso tem aumento de DC, FC e de RVP. Precisa reverter essas alterações hemodinâmicas com terapia anti-hipertensiva para melhorar função cardiovascular do paciente.

 

DC é o volume de sangue x frequencia cardíaca

RVP refere-se a estrutura vascular e função vascular

 

Só de atuar em uma parte hemodinâmica já altera as outras. Diminuição de DC diminui FC e logo RVP.

 

Vasoconstrição pode gerar falência renal por não chegar sangue, logo o rim pode ser o alvo

Porém o RIM pode ser quem origina o problema por produzir renina (que vai agir no sistema renina-angiotensina-aldosterona). Seu aumento diminui a capacidade de excretar sódio, retem sódio o que faz reter líquido, aumentando DC, FC, logo, PA.

 

Pode aumentar volume intravascular caso haja grande ingestão de NaCl, que vai causar o mesmo problema da produção excessiva de renina.

 

Quando ingere muito sódio e há aumento da pressão arterial, é ativado mecanismos hipotensores. Pela pressão da natriurese, aumentando a filtração glomerular, redução da capacidade de absorção dos túbulos renais. A sobrecarga de volume estira o miocárdio liberando ANP (fator natriurético atrial) que vai regular a pressão arterial para baixo.

 

Pode haver ainda alteração do sistema nervoso simpático com alteração da noraepinefrina e epinefrina, que vão agir em 5 receptores ligados a proteína G.

 

Alpha 1 -> faz vasoconstrição aumentando a RVP, aumenta a reabsorção de sódio

Alpha 2 -> faz feedback negativo a nível central, inibe a produção de mais epinefrina

Beta 1 -> aumenta a frequência cardíaca e faz liberação de renina nos rins

Beta 2 -> broncodilatação e aumenta frequência cardíaca

Beta 3 -> Tecido adiposo -> Não seletivo bloqueia beta 3 logo a lipólise

 

Paciente estressado tem muita atividade adrenérgica mediada por alpha 1

 

 

Sistema nervoso autônomo simpático

 

Relacionada com Apneia e Obesidade

 

 

Cardiopatia hipertensiva

 

Aumento de DC

Aumento de FR

Aumento de RVP

Vasoconstrição periférica

 

 

Cérebro

 

AVC está muito ligado a aumento de PA

 

Deficiência cognitiva  Deficiência vascular está ligada diretamente ao mal de Alzheimer (coexistem)

Hipertensão está ligada diretamente a deposição de B-amiloide, peptídeo ligado diretamente a formação de placas amiloides que estão ligadas ao desenvolvimento do Alzheimer

 

O aumento do tecido adiposo pode ter ligação direta com o aumento da atividade simpática

 

Hipertensão de causa secundária está ligada a alguma doença

 

Sono fragmentado aumenta a atividade simpática, que aumenta a frequência cardíaca, estresse e a pressão arterial

 


Arterioesclerose

 

Esclerose das artérias (endurecimento das artérias)  Arteríoloesclerose (não irriga o rim), arterioesclerose de monckeberg (alterações em artérias de pequenos portes por deposição de cálcio) e arterioesclerose (deposição de gordura na parede dos vasos).

 

Arterioesclerose acaba fazendo que a irrigação seja pobre, levando a câimbra. Quando o resvestimento da artéria é lesado (pela inflamação gerada pelo depósito de gordura na parede dos vasos) há ativação de macrófagos que vão tentar realizar a fagocitose da camada de gordura, formando uma célula espumosa, onde células do musculo liso movem-se da camada intermediaria para o revestimento da parede da artéria e se multiplicam ali.

Materiais de tecido conjuntivo e elástico se acumulam na região, como também dendritos de células e componentes que vão bloqueando a luz do vaso.

 

Alguns fatores são modificáveis como o tabagismo, níveis altos de colesterol no sangue, hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo, baixo consumo de frutas e legumes e outros.

Já fatores genéticos são questões que não conseguem ser modificadas.

 

Betabloqueador é indicado apenas em situações específicas por conta de bloquear atividade simpática.

 

IECA e BRA classe de medicamentos que agem no sistema renina-angiotensina-aldosterona não devem ser associados. Risco de hiperpotassemia pois agem eliminando sódio e acumulando potássio.

 

Diurético reduz a pressão arterial reduzindo a volemia -> Reduz débito cardíaco e eletrólitos através da sua eliminação

 

Perda de eletrólitos predispõe a mudanças no ritmo cardíaco

 


Tiazidicos -> Inibem a ação do ion transportador de Na+ e Cl- no túbulo distal.

Para a célula beta pancreática secretar insulina precisa de potássio, quando toma esse diurético altera nível de potássio, logo, pode alterar a célula beta pancreática (teoria).

 


Diuréticos de alça reduzem potássio, sódio e cloreto -> Aumenta muito a perda de eletrólitos, de água, < resistência vascular periférica.

 

Tonturas sonolência, hipopotassemia severa, desidratação, hipovolemia, e hemoconcentração, pressão na cabeça.

 

 

Poupadores de K+ -> Interfere apenas a reabsorção de Na+

 

 

Espirolactona -> Bloqueia reabosorção de Na+ e bloqueia ação da aldosterona (antagoniza aldosterona não retendo sal) não reabsorvendo Na+

 

 

Alça -> Tiazídicos -> Poupador de K

  Mais potente para menos potente

 

 

Bloqueadores adrenérgicos

 

Se for ligada a atividade simpática pode usar bloqueador adrenérgico pois irá bloquear a ação da noradrenalina.

 

 

B1 = Aumento de FC quando em presença de adrenalina

 

B1 está ligado ao:

Aumento do débito cardíaco

Liberação de renina nas células justa glomerulares

 

Quando utilizado o beta bloqueador ele vai favorecer a diminuição de DC e inibição da liberação da renina nas cels. justa glomerulares.

 

 

Beta bloqueador não seletivo (B1, B2, B3)

 

Bloqueia B1 que vai diminuir DC e liberação de renina, mas acaba por bloquear B2 que pode gerar uma broncoconstrição no pulmão, logo dispneia. Pode também bloquear o B3 que está diretamente ligado a lipólise, logo não consegue queimar gordura.

 

Pode gerar bradicardia, depressão, falta de ar e dificuldade na lipólise

 


Beta bloqueadores de terceira geração (B1, B2, A1) – Carvedilol e Nebivolol

 

Alpha 1 no idoso pode causar hipotensão acentuada

 

Ø  Vasodilatação

·      Carvedilol -> Bloqueia alfa 1 adrenérgico

·      Nebivolol -> Está ligado a produção de óxido nítrico

 

 

Alfa 2 agonistas

 

Estimulação dos receptores inibitórios alfa adrenérgicos centrais, falta neurotransmissão. Utilizado em gestante pois não atravessa a barreira, porém é fraco

 

 

Alfa 1 Bloqueador - Doxazosina, prazosina, terazosina (hipotensão significativa nas primeiras doses / Idosos não devem utilizar)

 

São vasodilatadores e devem ser utilizado logo antes de dormir

 

 

Inibidores da enzima conversora de angiotensina – IECA – Captopril enalapril, lisonopril, ramipril

 

Bloqueiam a enzima conversora de angiotensina, evitando que a angiotensina I seja convertida em angiotensina II, não tendo efeitos vasoconstrição nem retenção de líquido pela aldosterona. Aldosterona promove retenção de potássio e liberação de sódio.

 

No pulmão pode bloquear a cimnase do tipo II, que tem ação de degradar a bradicinina (que é pró-inflamatória). Paciente que faz uso de IECA e está com tosse quer dizer que está inflamando pulmão, logo, podendo gerar uma DPOC.

Na diretriz de HAS se usar IECA e tiver tosse é necessário trocar a classe.

 

 

Antagonistas recepetor AT1 da angiotensina II – (BRA) – Caso haja tosse ao utilizar um IECA, substitui por um BRA

 

 

Vasodilatadores diretos – Hidralazina, nitroprusiato -> Causa muita hipotensão, não utilizar em idosos.

 

 

 

 

 

 

Antagonista dos canais de cálcio – Verapamil, Diltiazem, Anlodipino, Nifedipino

 

Bloqueia canal de cálcio, bloqueia a contração cardíaca.

 

Pode provocar edema de mmii por conta do relaxamento da musculatura lisa. Não deve utilizar com beta bloqueador pois aumenta o risco de bradicardia por impedir o b1 e o relaxamento do músculo cardíaco.

 

Tem baixo índice terapêutico (dose letal próximo a dose terapêutica) -> Se tomar 3 a dose pode ser letal.

 

 

Idoso

 

Diurético só se tiver edema

Bloqueadores adrenérgicos Alfa 1 podem causar hipotensão acentuada

IECA desde que o paciente não tema asma e não apresente tosse (que pode desencadear um DPOC)

Vasodilatadores diretos não devem ser utilizados pois aumenta muito o risco de hipotensão e queda

Antagonistas de canal de cálcio por poder apresentar uma arritmia ou algo relacionado (dose terapêutica baixa)

 

 

 

Tratamento farmacológico das dislipidemias

 

Medicação que inibe a absorção intestinal de gorduras -> Resinas reduzem absorção intestinal de gorduras, mas podem interagir com outros medicamentos (não seguro para o idoso)

 

Ezetimiba -> Segura para o idoso

 

No fígado as estatinas agem sobre a enzima conversora do colesterol

 

No fígado pode ligar a ácidos biliares (resinas)

 

Diminuição de TG -> Vit. B3 (inibe a enzima que processa o TG), Fibrato (tira o TG da corrente sanguínea).

 

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