TBL 7 - Ciclo HHG
Na menstruação não há feedback negativo do eixo HHG, o hipotálamo produz GNRH --> Estimula hipófise --> FSH/LH --> Estimula desenvolvimento do folículo
Folicular inicial: Aumento de FSH
Aumento de estrógeno --> Retroalimentação negativa (para não desenvolver outros folículos)
Hipotálamo --> Diminui GNRH
Hipófise --> Diminui FSH
AMH --> Diminui o recrutamento de outros/novos folículos (folículos já iniciados promovem a alça de retroalimentação positiva* das céls da granulosa – aumenta estrógeno)
*A parte das céls da granulosa que liberam estrógenos faz uma alça de retroalimentação nele mesmo fazendo com que haja o aumento de estrogênio (apesar da retro-alimentação negativa em hipófise).
Fase folicular tardia: Estrógeno alto --> Promove retroalimentação positiva no eixo HHG (aumenta GNRH) / LH (muita inibina) diminuindo FSH (não aumenta tanto)
Níveis de progesterona começa a ser produzida, começa a a aumentar e vai ser hormônio dominante, promovendo retroalimentação positiva no eixo HHG (aumenta GNRH) / LH (muita inibina) diminuindo FSH (FSH também sobre, mas sobe menos por ser bloqueado pela inibina).
A progesterona baixa faz a retroalimentação positiva em HHG – Aumento de LH --> Meiose vai ser retomada, folículo cresce, líquido antral aumenta de quantidade atingindo o maior tamanho --> Aumento do muco e do espessamento do endométrio --> Prosteoglândinas e enzimas proteolíticas --> Libera o ovócito --> Ovulação.
Não houve implantação --> Estrógeno e progesterona caem e GNRH começa a voltar a produzir por conta própria.
Pico de LH = Ovulação (enzimas proteolíticas e prosteoglândinas)
Fase lútea inicial: Acumula lipídios e grânulos de glicogênio caso haja a implantação. Progesterona é o hormônio dominante --> Corpo lúteo vai voltar a produzir estrogênio --> Estrógenio e progesterona (dominante) e inibina (alto – não deixa desenvolver outro folículo) --> Progesterona faz com que o endométrio se desenvolva em uma estrutura secretora, com vasos e nutrientes.
Ocorre retroalimentação negativa no eixo HHG --> Diminui FSH e LH (logo GNRH vai estar baixo)
Anticoncepcional que tem progesterona faz o endométrio produza muco, formando tampão, não deixando que bactérias e espermatozoides entrem no útero. Também tem efeito termogênico, que aumenta a temperatura local.
Inibina, estrógeno e progesterona são produzidos pelo corpo lúteo.
Fase lútea tardia: Ausência de retroalimentação --> HHG volta a ser orgânica por alça de alimentação pois a alça de alimentação está negativa
Corpo lúteo se não tiver fecundação sofre apoptose, estrogênio, inibina e progesterona ficam com níveis MUITO baixos que faz com que não haja retroalimentação negativa, vai voltar a produzir FSH e LH.
Descamação do útero, por presença de plasmina te poucos coágulos. Estímulo ambientais, endócrinos e neurológicos vão estimular caso nada esteja estimulando.
Quando começa a menstruação no útero, no ovário termina a folicular inicial e começa a folicular tardia.
>Estrogênio
Ações:
O estrogênio é um hormônio esteroide produzido principalmente pelos ovários. Ele exerce efeitos significativos sobre o desenvolvimento sexual, a função reprodutiva e a saúde óssea.
No cérebro, o estrogênio influencia a neuroplasticidade, a cognição e a regulação emocional. Ele atua como um modulador da neurotransmissão, afetando os níveis de serotonina, dopamina e norepinefrina, neurotransmissores que estão diretamente relacionados ao humor e à resposta emocional.
Influência no Sistema Límbico:
O estrogênio tem um impacto direto sobre estruturas do sistema límbico, como o hipocampo e a amígdala. Estudos demonstram que a presença de estrogênio pode aumentar a densidade de sinapses no hipocampo, melhorando a memória e a aprendizagem (1).
Além disso, o estrogênio pode regular a resposta ao estresse, influenciando a atividade da amígdala, que está envolvida na formação de memórias emocionais e na resposta ao medo (2).
Estrogenio aumenta a serotonina
>Progesterona
Ações:
A progesterona é outro hormônio esteroide produzido pelos ovários, especialmente após a ovulação. Ela prepara o endométrio para a possível implantação de um óvulo fertilizado e regula o ciclo menstrual.
No sistema nervoso central, a progesterona possui propriedades neuroprotetoras e pode influenciar a ansiedade e o comportamento social.
Influência no Sistema Límbico:
A progesterona pode modular a atividade da amígdala e do córtex pré-frontal, áreas críticas para a regulação emocional. A interação entre progesterona e receptores de GABA (ácido gama-aminobutírico) pode resultar em efeitos ansiolíticos (3).
Estudos sugerem que flutuações nos níveis de progesterona durante o ciclo menstrual podem estar associadas a alterações no humor e na percepção emocional (4).
Progesterona bloqueia a monoaminoxidase (inibindo a recaptação de serotonina).
>Testosterona
Ações:
Embora tradicionalmente considerada um hormônio masculino, a testosterona é também produzida em mulheres, contribuindo para a libido, a energia e a massa muscular.
A testosterona pode influenciar a motivação e o comportamento agressivo, além de ter um papel na função cognitiva.
Influência no Sistema Límbico:
A testosterona pode afetar a atividade do sistema límbico, particularmente em relação à agressividade e à competitividade. Pesquisas indicam que níveis mais altos de testosterona podem estar associados a respostas emocionais mais intensas (5).
A interação da testosterona com os sistemas de dopamina e serotonina pode influenciar o estado emocional e a capacidade de lidar com o estresse (6).
>Hormônio Folículo-Estimulante (FSH)
Ações:
O FSH é responsável pela estimulação do desenvolvimento dos folículos ovarianos e pela produção de estrogênio pelas células da granulosa nos ovários.
Durante a fase folicular do ciclo menstrual, o FSH promove a maturação dos folículos ovarianos, que são essenciais para a ovulação e a fertilidade.
Influência no Sistema Límbico:
Embora o FSH não tenha um efeito direto tão pronunciado no sistema límbico quanto os hormônios esteroides, ele pode influenciar indiretamente as emoções e o comportamento através da modulação dos níveis de estrogênio.
A produção de estrogênio em resposta ao FSH pode afetar a neuroplasticidade e a regulação emocional, conforme discutido anteriormente, impactando assim a atividade do sistema límbico (7).
>Hormônio Luteinizante (LH)
Ações:
O LH é crucial para a indução da ovulação e para a formação do corpo lúteo, que secreta progesterona após a ovulação.
Ele atua em conjunto com o FSH para regular o ciclo menstrual e a produção de hormônios sexuais.
Influência no Sistema Límbico:
Assim como o FSH, o LH influencia indiretamente o sistema límbico por meio da regulação dos hormônios esteroides. O aumento dos níveis de LH leva à ovulação e subsequente produção de progesterona, que tem efeitos ansiolíticos e moduladores do humor (8).
As flutuações nos níveis de LH durante o ciclo menstrual podem estar associadas a variações no estado emocional e na percepção de estresse, refletindo a complexa interação entre os hormônios reprodutivos e a saúde mental (9).
A interação entre FSH, LH, estrogênio e progesterona forma um complexo sistema de feedback que regula não apenas a função reprodutiva, mas também aspectos emocionais e comportamentais nas mulheres. As flutuações hormonais ao longo do ciclo menstrual, durante a gravidez e na menopausa podem ter impactos significativos na saúde psicológica.
AULA
Estrógeno protege contra a proteína amiloide e tem efeito vasodilatador e anti-inflamatório. Estimula produção de crescimento neural, aumenta a concentração de serotonina, dopamina e norepinefrina. Responsável por características sexuais primarias e secundárias.
Progesterona tem efeito antagônico ao do estrógeno, tem ação sobre o útero estimulando secreções glandulares e promove o efeito da prolactina. Progesterona tem efeito depressor sobre o sistema límbico aumentando a MAO. Efeito anestésico, tranquilizante, anticonvulsivante e reduz atividades mentais.
Anticoncepcional faz com que haja retroalimentação negativa e produza muco para alterar o PH e formar tampão.
Climatério e Menopausa
Cessação permanente da menstruação
Diagnóstico é a anamnese (no máximo pode dosar LH e FSH)
Primeiro sinal --> Encurtamento dos intervalos entre as menstruações, mas geralmente percebido apenas quando o intervalo aumenta para um intervalo muito grande.
Como folículo está produzindo menos inibina e menos estrógeno, acaba tendo pico de fsh antes da hora e encurtando o tempo de ciclo.
Conforme o climatério se instala a depleção folicular se instala e a produção de progesterona na fase lútea cai bastante e o intervalo das menstruações acabam espaçando (longo), e começa a amenorreia (ausência de menstruação) ou alterações em volume.
Estradiol e inibina começam a reduzir cada vez mais, devido a insuficiência folicular
Estradiol, Progesterona e inibina baixos e FSH e LH aumentam. Estrógeno nessa fase vai começar a vir da suprarrenal para suprir, principalmente estrona.
Vai chegar um momento que o ovário vai parar de produzir os androgênios, então a suprarrenal vai utilizar precursores (DHEA, androstenediona) próprios para produzir Estrona e estradiol. A aromatização do colesterol e gordura vai ser realizada e formar hormônios.
Com o tempo até os precursores na suprarrenal vão cair, sendo necessário avaliar a reposição hormonal.
Sintomas mais comuns são os vasomorotes: Insônia, Sudorese noturna, Ondas de calor --> Estrógeno regula neurônio que controlam os neurônios de termorregulação hipotalâmicos (neurônios produtores de kisspeptina, neurocinina B e Dinorfina)
Estrógeno promove feedback negativo em neurônio KND --> No climatério a redução do estrógeno e da retroalimentação negativa faz com que ocorram os efeitos sobre a termorregulação.
Outros sintomas são:
· Ressecamento vaginal
· Dispaurenia (relação sexual dolorosa)
· Perda de libido
· Diminuição da massa óssea por conta da modulação do osteoclasto
· Anormalidade cardiovascular
Estrógeno faz ação vasodilatadora pelo óxido nítrico, função antioxidante, produção de prostaciclinas (vasodilatadores), inibe a diferenciação dos macrófagos em pro-inflamatória aumentadando de macrófagos Treg e M2, aumenta HDL e diminui LDL, diminui adesão de monócitos, previne necrose das células cardíacas endoteliais. Aumenta fatores promotores de coagulação, logo, precisa ver se a mulher não tem risco de trombose, pois a reposição pode aumentar risco de trombose.
Y LH
W progesterona
X FSH
Z Estrógeno
No caso da utilização de anticoncepcional de progesterona, vai ocorrer produção de muco e alteração de PH no útero, progesterona vai ficar alto, estradiol baixo, FSH e LH baixo por conta da retroalimentação negativa.
Referências: Anotações e material de aula
Reflexão: Hoje tivemos a aula de eixo HHG feminino com o prof. Dante. Como semana passada fizemos fechamento do mesmo conteúdo com ele, esse material nos ajudou para que o TBL de hoje fosse um pouco menos complexo. De toda forma, é uma matéria bastante densa e que temos que ter uma boa compreensão para facilitar o nosso entendimento em relação a fisiopatologia de inúmeras doenças. A aula em sí foi muito boa e produtiva, senti que rendi bastante no dia de hoje.
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